Ata do Copom, inflação no Brasil e balança na China: o que acompanhar na semana

Sede do Banco Central em Brasília 23/09/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino

As decisões de juros no Brasil e EUA marcaram a semana, mesmo com manutenção das taxas nos atuais patamares. Se lá fora os dados do mercado de trabalho e as interpretações do discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, corroboram com a ideia de corte de juros na próxima reunião, por aqui, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) sinalizou a possibilidade de taxas mais altas, dependendo do comportamento da inflação.

“O Comitê ressaltou a necessidade de ‘ainda maior cautela na condução da política monetária’ e afirmou que os riscos inflacionários, ‘se persistentes, corroboram a necessidade de maior vigilância’. Lemos esta sinalização como: se os determinantes da inflação – câmbio, expectativas, incerteza fiscal, crescimento salarial – não se estabilizarem (pelo menos) daqui para frente, o Copom poderá optar por aumentar os juros no segundo semestre”, comenta a equipe econômica de Caio Megale, economista-chefe da XP Investimentos.

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de crescimento para os próximos meses e anos

Para dar mais elementos sobre o tema, a ata do Copom será divulgada na terça-feira. O documento deve trazer ainda mais detalhes sobre a decisão unânime que manteve a taxa Selic em 10,5%. Além disso, um dos detalhes da semana será a apresentação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na sexta-feira. A expectativa, de acordo com o consenso LSEG, é de alta de 0,23% ao mês.

A equipe econômica do Itaú destaca que a estimativa preliminar é de aumento de 0,34% ao mês, perfazendo 4,2% em junho. Há ressalva de que as estimativas poderiam mudar de acordo com os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que ainda seriam divulgados.

Com a retomada dos trabalhos legislativos após o recesso, a atividade do Congresso deve ganhar impulso e as discussões da desoneração da folha de pagamento devem ser retomadas. Há também a expectativa de avanço da proposta de renegociação da dívida de estados com o Governo Federal.


Agenda corporativa

Os próximos dias serão intensos na quarta semana da temporada de balanços do 2T24. Dentre os dados principais estão o balanço da Petrobras (PETR4) e dos bancos Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4). Serão divulgados mais de 100 balanços ao todo na semana e a temporada termina apenas no dia 14 de agosto.

PMIs nos EUA e Europa, dados de inflação na China

Nos EUA e no exterior, a semana será de agenda mais esvaziada de indicadores. A segunda-feira será marcada pela divulgação do índice de gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da S&P Global nos EUA, na Zona do Euro, no Reino Unido e na Alemanha. No mesmo dia, a Europa conhecerá o índice de preços ao produtor. Nos EUA, será divulgado o índice de ISM do setor de serviços.

Na China, serão divulgados importantes dados como o PMI calculado pelo Caixin, que trará dados industriais, no domingo, e os dados de inflação ao consumidor e ao produtor na quinta-feira. Na terça, atenção para balança comercial da China.

Confira a agenda da semana:

Data País/Região Evento
Domingo – 4 de Agosto
22h45 China PMI do Setor de Serviços – Caixin
2ª – 5 de Agosto
8h25 Brasil BCB: Relatório Focus (semanal)
10h Brasil S&P Global: Índice PMI composto (jul) – final
4h55 Alemanha S&P Global: Índice PMI composto (jul) – final
5h Zona do Euro S&P Global: Índice PMI composto (jul) – final
5h30 Reino Unido S&P Global: Índice PMI composto (jul) – final
10h45 EUA S&P Global: Índice PMI composto (jul) – final
11h EUA Índice ISM do setor de serviços (jul)
6h Zona do Euro Índice de preços ao produtor (jun)
3ª – 6 de Agosto
8h Brasil Ata do Copom
10h Brasil Anfavea: Produção e venda de veículos (jul)
15h Brasil Balança comercial (jul)
6h Zona do Euro Vendas no varejo (jun)
9h30 EUA Balança comercial (jun)
China Balança comercial (jul)
4ª – 7 de Agosto
8h Brasil FGV: IGP-DI (jul)
14h30 Brasil BCB: Índice IC-Br Commodities Brasil (jul)
14h30 Brasil Fluxo Cambial (semanal)
16h EUA Fed: Crédito ao consumidor (jun)
5ª – 8 de agosto
8h00 Brasil FIPE: IPC (semanal)
9h Brasil IBGE: Pesquisa Industrial Mensal – Regional (jun)
9h30 EUA Pedidos de auxílio desemprego (semanal)
10h45 China Índice de preços ao produtor (jul)
9h30 China Índice de preços ao consumidor (jul)
6ª – 9 de agosto
5h Brasil FIPE – IPC
8h Brasil FGV: IGP-M (1a prévia) (ago)
9h Brasil IBGE: IPCA (jul)
3h Alemanha Índice de preços ao consumidor (jul) – final
Sem data definida
China Crédito agregado (jul)
China Novos empréstimos (jul)

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As decisões de juros no Brasil e EUA marcaram a semana, mesmo com manutenção das taxas nos atuais patamares. Se lá fora os dados do mercado de trabalho e as interpretações do discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, corroboram com a ideia de corte de juros na próxima reunião, por aqui, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) sinalizou a possibilidade de taxas mais altas, dependendo do comportamento da inflação.

“O Comitê ressaltou a necessidade de ‘ainda maior cautela na condução da política monetária’ e afirmou que os riscos inflacionários, ‘se persistentes, corroboram a necessidade de maior vigilância’. Lemos esta sinalização como: se os determinantes da inflação – câmbio, expectativas, incerteza fiscal, crescimento salarial – não se estabilizarem (pelo menos) daqui para frente, o Copom poderá optar por aumentar os juros no segundo semestre”, comenta a equipe econômica de Caio Megale, economista-chefe da XP Investimentos.

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de crescimento para os próximos meses e anos

Para dar mais elementos sobre o tema, a ata do Copom será divulgada na terça-feira. O documento deve trazer ainda mais detalhes sobre a decisão unânime que manteve a taxa Selic em 10,5%. Além disso, um dos detalhes da semana será a apresentação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na sexta-feira. A expectativa, de acordo com o consenso LSEG, é de alta de 0,23% ao mês.

A equipe econômica do Itaú destaca que a estimativa preliminar é de aumento de 0,34% ao mês, perfazendo 4,2% em junho. Há ressalva de que as estimativas poderiam mudar de acordo com os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que ainda seriam divulgados.

Com a retomada dos trabalhos legislativos após o recesso, a atividade do Congresso deve ganhar impulso e as discussões da desoneração da folha de pagamento devem ser retomadas. Há também a expectativa de avanço da proposta de renegociação da dívida de estados com o Governo Federal.


Agenda corporativa

Os próximos dias serão intensos na quarta semana da temporada de balanços do 2T24. Dentre os dados principais estão o balanço da Petrobras (PETR4) e dos bancos Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4). Serão divulgados mais de 100 balanços ao todo na semana e a temporada termina apenas no dia 14 de agosto.

PMIs nos EUA e Europa, dados de inflação na China

Nos EUA e no exterior, a semana será de agenda mais esvaziada de indicadores. A segunda-feira será marcada pela divulgação do índice de gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da S&P Global nos EUA, na Zona do Euro, no Reino Unido e na Alemanha. No mesmo dia, a Europa conhecerá o índice de preços ao produtor. Nos EUA, será divulgado o índice de ISM do setor de serviços.

Na China, serão divulgados importantes dados como o PMI calculado pelo Caixin, que trará dados industriais, no domingo, e os dados de inflação ao consumidor e ao produtor na quinta-feira. Na terça, atenção para balança comercial da China.

Confira a agenda da semana:

Data País/Região Evento
Domingo – 4 de Agosto
22h45 China PMI do Setor de Serviços – Caixin
2ª – 5 de Agosto
8h25 Brasil BCB: Relatório Focus (semanal)
10h Brasil S&P Global: Índice PMI composto (jul) – final
4h55 Alemanha S&P Global: Índice PMI composto (jul) – final
5h Zona do Euro S&P Global: Índice PMI composto (jul) – final
5h30 Reino Unido S&P Global: Índice PMI composto (jul) – final
10h45 EUA S&P Global: Índice PMI composto (jul) – final
11h EUA Índice ISM do setor de serviços (jul)
6h Zona do Euro Índice de preços ao produtor (jun)
3ª – 6 de Agosto
8h Brasil Ata do Copom
10h Brasil Anfavea: Produção e venda de veículos (jul)
15h Brasil Balança comercial (jul)
6h Zona do Euro Vendas no varejo (jun)
9h30 EUA Balança comercial (jun)
China Balança comercial (jul)
4ª – 7 de Agosto
8h Brasil FGV: IGP-DI (jul)
14h30 Brasil BCB: Índice IC-Br Commodities Brasil (jul)
14h30 Brasil Fluxo Cambial (semanal)
16h EUA Fed: Crédito ao consumidor (jun)
5ª – 8 de agosto
8h00 Brasil FIPE: IPC (semanal)
9h Brasil IBGE: Pesquisa Industrial Mensal – Regional (jun)
9h30 EUA Pedidos de auxílio desemprego (semanal)
10h45 China Índice de preços ao produtor (jul)
9h30 China Índice de preços ao consumidor (jul)
6ª – 9 de agosto
5h Brasil FIPE – IPC
8h Brasil FGV: IGP-M (1a prévia) (ago)
9h Brasil IBGE: IPCA (jul)
3h Alemanha Índice de preços ao consumidor (jul) – final
Sem data definida
China Crédito agregado (jul)
China Novos empréstimos (jul)

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