Powell no Senado, Lula e Haddad no CNPE, IOF, falas do BC e mais destaques

A agenda econômica desta quarta-feira (25) inclui a divulgação, no Brasil, das transações correntes de maio, às 8h30, e do fluxo cambial semanal, às 14h30. Enquanto isso, o mercado ainda avalia os sinais enviados na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada na terça-feira (24). O documento reforçou que a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 15% ao ano, deve ser mantida por um “período bastante prolongado”, uma expressão repetida cinco vezes no texto. A avaliação predominante entre analistas é de que o Banco Central pretende ganhar tempo para observar os efeitos do ciclo anterior de alta, diante de uma inflação que ainda se mantém acima da meta, expectativas desancoradas e preocupações com a condução da política fiscal.

Em Brasília, a Câmara dos Deputados votará hoje o projeto que susta o decreto do governo que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras, disse nesta terça o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Nos Estados Unidos, os investidores acompanham com atenção o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, no Comitê Bancário do Senado. Na terça-feira, Powell reiterou o compromisso da autoridade monetária com o controle da inflação e sinalizou que as taxas de juros devem permanecer estáveis até que haja maior clareza sobre os efeitos das tarifas nos preços. Os mercados monetários já precificam completamente dois cortes nas taxas de juros pelo Fed até o fim de 2025, com a primeira redução considerada mais provável para setembro do que para julho — embora as apostas em um corte já no próximo mês tenham ganhado força em relação à semana passada. Também estão no radar os dados de novas moradias referentes a maio, que serão divulgados às 11h (horário de Brasília), além do relatório semanal de estoques de petróleo, previsto para 11h30.

O que vai mexer com o mercado nesta quarta

Agenda

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, tem três reuniões nesta quarta, todas fechadas à imprensa e realizadas no edifício-sede da instituição, em Brasília. Pela manhã, encontra representantes da Abecs e da Shell Brasil para tratar de assuntos institucionais. À tarde, reúne-se com o diretor da Eurasia Group para as Américas, Christopher Garman.

Nilton José Schneider David, diretor de Política Monetária do Banco Central, participa na manhã de hoje da abertura do evento Anbima Summit 2025, em São Paulo, das 9h10 às 10h30. A agenda é aberta à imprensa, tanto presencialmente quanto por transmissão.

A agenda do presidente Lula começa às 9h30 com a 2ª Reunião Extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que discutirá aumento da mistura do etanol na gasolina. Às 11h30, recebe a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. À tarde, Lula tem encontro com o presidente da República do Benim, Patrice Talon, às 15h, seguido de uma reunião ampliada com ele às 15h40. Por fim, às 16h30, encontra-se com o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem reunião com Pablo Cesário, Presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas – ABRASCA, a partir das 15h30.

Brasil

8h30 – Transações correntes Maio

14h30 – Fluxo cambial (semanal)

EUA

11h – Novas moradias (maio)

11h30 – Estoques de petróleo (semanal)

INTERNACIONAL

Sem fim

O chefe do Exército de Israel, Eyal Zamir, afirmou que o programa nuclear do Irã foi adiado, não destruído, e que a campanha contra Teerã continua mesmo após o cessar-fogo. Enquanto Donald Trump diz ter destruído as instalações nucleares, órgãos de inteligência dos EUA avaliam que o dano foi limitado, com impacto de apenas alguns meses. Israel agora volta o foco para Gaza, tentando pressionar o Hamas a se render e garantir a libertação dos reféns.

Possível ausência

O governo Lula recebeu sinais de que Xi Jinping pode não comparecer à cúpula do Brics no Rio, nos dias 6 e 7 de julho. Caso se confirme, a delegação chinesa pode ser liderada pelo premiê Li Qiang, segundo Celso Amorim. A ausência de Xi se somaria à de Vladimir Putin, que evita viagens devido a um mandado internacional. Lula tentou convencer Xi pessoalmente durante visita à China em maio. A ausência de líderes fundadores enfraquece a imagem do encontro. Apesar disso, a China reafirma apoio à presidência brasileira do bloco e promete fortalecer a cooperação.

ECONOMIA

Gasto público

O governo federal pretende “congelar” as discussões sobre elevar as despesas públicas e neste momento nenhum gasto é bem-vindo, disse nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à Record.

“Aumento de gasto público é quando tem necessidade de fazer, em que se faz necessário. Estamos num momento que vamos congelar o debate sobre aumento de gastos, até encontrar o caminho da sustentabilidade dos gastos. Neste momento, nenhum aumento de gasto é bem-vindo, a não ser os imprescindíveis”, disse Haddad ao veículo, conforme texto prévio publicado no R7.

Sem restrições

Dezessete países, incluindo Japão, Egito e Vietnã, retiraram restrições à compra de carne de aves do Brasil, segundo o Ministério da Agricultura. As barreiras haviam sido impostas após um foco de gripe aviária detectado no mês passado em Montenegro (RS). O Brasil, maior exportador global de carne de frango, se autodeclarou livre da doença na última semana. A decisão segue os protocolos internacionais após 28 dias sem novos casos em granjas comerciais. Outros países que reabriram o mercado incluem Paraguai, Bolívia, Marrocos e República Dominicana. A liberação reforça a confiança sanitária na produção brasileira.

INSS

O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, informou que os ressarcimentos às vítimas de descontos indevidos começarão em 24 de julho, com pagamentos quinzenais. A previsão é ressarcir cerca de 1,5 milhão de beneficiários no início. Haverá prioridade para grupos vulneráveis, como idosos acima de 80 anos, indígenas e quilombolas. A decisão foi anunciada durante audiência no STF, presidida pelo ministro Dias Toffoli. O relator do caso reforçou que a reparação deve ser integral. A AGU pediu suspensão de processos contra a União, mas o relator ainda não decidiu.

Trocam-se dívidas por atendimento

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou que o governo pretende liberar R$ 2 bilhões em créditos no segundo semestre deste ano para hospitais com dívidas à União que atendam pelo SUS. O programa troca essas dívidas por atendimentos, como cirurgias, exames e consultas, priorizando o volume de serviços oferecidos, não o número de instituições. Hospitais poderão oferecer atendimentos fora do município onde estão localizados. Padilha destacou que o foco é maximizar os atendimentos, beneficiando tanto grandes quanto pequenos devedores com capacidade operacional. A medida integra a MP “Agora Tem Especialista”, parte do esforço do governo Lula para melhorar a saúde pública e sua popularidade.

Milionários

O Brasil deve registrar a saída líquida de 1.200 milionários neste ano, segundo a consultoria Henley & Partners, o maior êxodo da América Latina. Esse movimento representa uma transferência estimada de US$ 8,4 bilhões (R$ 46 bilhões) para o exterior. Os principais destinos dos brasileiros ricos são Estados Unidos, Portugal, Ilhas Cayman, Costa Rica e Panamá. Enquanto países como China, Índia e Rússia reduzem suas perdas, o Brasil enfrenta um declínio contínuo, com queda de 18% na população milionária entre 2014 e 2024. A migração de milionários gera ganhos para os países receptores, mas sinaliza problemas estruturais para os emissores.

POLÍTICA

IOF

A Câmara dos Deputados votará nesta quarta-feira o projeto que susta o decreto do governo que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras, disse nesta terça o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). O governo estima arrecadar R$ 10 bilhões neste ano com a medida.

Na semana passada, a Câmara aprovou a urgência desse projeto, que acelera a sua tramitação. A articulação política do governo tentava usar esse tempo para debelar a crise. A ideia era construir o acordo para resolver o impasse nas contas públicas que o governo precisa, além de também atender o Congresso e começar a liberar as emendas.

Mais etanol na gasolina

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deve aprovar nesta quarta-feira o aumento da mistura do etanol na gasolina para 30%. Atualmente, esse percentual é de 27,5%. A 2ª reunião extraordinária do CNPE vai contar também com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além dele, estará presente o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Reunião de emergência

O presidente Lula convocou reunião de emergência com ministros para tratar dos vetos ao marco das eólicas em alto-mar, após o Congresso derrubar parte deles. A decisão já gerou um custo extra de R$ 35 bilhões nas tarifas de energia, que pode chegar a R$ 65 bilhões. O governo planeja editar uma medida provisória para reduzir esse impacto para R$ 11 bilhões, mas enfrenta resistência no Congresso. Lula e seus auxiliares avaliam ainda levar o caso ao Supremo Tribunal Federal para tentar frear a derrubada dos vetos.

Investigação

A Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou um pedido para que a Procuradoria Geral da República (PGR) investigue o presidente Lula por suposta interferência nas investigações de fraudes no INSS. O requerimento, feito pelo deputado Evair de Melo, cita declarações de Lula pedindo “cautela” à Polícia Federal e à CGU para evitar “crucificações”. A oposição vê isso como tentativa de proteger interesses pessoais, já que o irmão do presidente é ligado a uma entidade investigada. A PF estima R$ 6,3 bilhões em descontos irregulares entre 2019 e 2024. Também foi criada uma CPMI para apurar o caso.

Mauro Cid e Walter Braga Netto

  • Durante acareação no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ministro Walter Braga Netto chamou o tenente-coronel Mauro Cid de “mentiroso” e contestou sua versão sobre a entrega de dinheiro em uma sacola de vinho.
  • Cid afirmou que demorou a revelar o fato à Polícia Federal por estar em choque com a prisão de amigos militares acusados de planejar o assassinato do ministro Alexandre de Moraes. Braga Netto negou qualquer envolvimento, dizendo que orientou Cid a procurar a tesouraria do PL, mas não entregou dinheiro. As versões conflitantes não foram esclarecidas, e o STF não autorizou gravação da audiência para evitar pressões externas.
  • A defesa de Braga Netto afirmou que Cid mente e que sua delação pode ser anulada, beneficiando o ex-presidente Jair Bolsonaro.
  • Em paralelo, o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes negou que o ex-ministro Anderson Torres tenha incentivado atos ilegais, embora reconheça documentos com conteúdos semelhantes a minutas golpistas. As acareações foram conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes, que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Sem contato

O Senado deve votar nesta quarta o projeto que amplia de 513 para 531 o número de deputados federais, atendendo a uma determinação do STF sobre a defasagem na representação proporcional por estado. A proposta, relatada por Marcelo Castro (MDB-PI), enfrenta críticas por aumentar despesas públicas em momento de ajuste fiscal. Senadores como Fabiano Contarato (PT-ES) e Izalci (PL-DF) consideram o projeto um retrocesso e escárnio ao cidadão. O texto garante que nove estados ganharão entre uma e quatro cadeiras, sem que nenhum perca deputados. A Câmara não respondeu sobre o impacto financeiro da medida.

Maquiadores

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) contratou como assessores parlamentares dois maquiadores que ainda a maquiam ocasionalmente: Ronaldo Hass e Indy Montiel. Segundo o site Metrópole, Ronaldo Hass, contratado em novembro de 2024, atualmente recebe cerca de R$ 9.700; Indy Montiel, nomeado em dezembro, tem remuneração de cerca de R$ 2.100. Hilton afirmou que ambos realizam atividades típicas do gabinete, como briefings, relatórios e articulação política em pautas LGBTQIA+. Apesar das críticas, a deputada defende a contratação, ressaltando a qualificação da equipe e negando uso indevido de verba. Os assessores acompanham Hilton em compromissos políticos tanto em São Paulo quanto em Brasília.

Pedido de sanções

O bolsonarista e ex-comentarista da Jovem Pan, Paulo Figueiredo, pediu à Comissão de Direitos Humanos do Congresso dos EUA que recomende sanções contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em até 30 dias. Figueiredo vive nos EUA há dez anos e acusa Moraes de abusar de poder e atingir cidadãos em território americano. Ele falou em uma audiência esvaziada de congressistas, como parte da ofensiva de aliados de Jair Bolsonaro, incluindo Eduardo Bolsonaro, que se mudou para os EUA. O grupo espera que Donald Trump apoie a medida, ainda sem efeito concreto. Moraes já havia mencionado um mandado contra Figueiredo, que é investigado por participação em tentativa de golpe.

(Com Reuters, Agência Brasil e Estadão)

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Em Brasília, a Câmara dos Deputados votará hoje o projeto que susta o decreto do governo que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras, disse nesta terça o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Nos Estados Unidos, os investidores acompanham com atenção o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, no Comitê Bancário do Senado. Na terça-feira, Powell reiterou o compromisso da autoridade monetária com o controle da inflação e sinalizou que as taxas de juros devem permanecer estáveis até que haja maior clareza sobre os efeitos das tarifas nos preços. Os mercados monetários já precificam completamente dois cortes nas taxas de juros pelo Fed até o fim de 2025, com a primeira redução considerada mais provável para setembro do que para julho — embora as apostas em um corte já no próximo mês tenham ganhado força em relação à semana passada. Também estão no radar os dados de novas moradias referentes a maio, que serão divulgados às 11h (horário de Brasília), além do relatório semanal de estoques de petróleo, previsto para 11h30.

O que vai mexer com o mercado nesta quarta

Agenda

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, tem três reuniões nesta quarta, todas fechadas à imprensa e realizadas no edifício-sede da instituição, em Brasília. Pela manhã, encontra representantes da Abecs e da Shell Brasil para tratar de assuntos institucionais. À tarde, reúne-se com o diretor da Eurasia Group para as Américas, Christopher Garman.

Nilton José Schneider David, diretor de Política Monetária do Banco Central, participa na manhã de hoje da abertura do evento Anbima Summit 2025, em São Paulo, das 9h10 às 10h30. A agenda é aberta à imprensa, tanto presencialmente quanto por transmissão.

A agenda do presidente Lula começa às 9h30 com a 2ª Reunião Extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que discutirá aumento da mistura do etanol na gasolina. Às 11h30, recebe a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. À tarde, Lula tem encontro com o presidente da República do Benim, Patrice Talon, às 15h, seguido de uma reunião ampliada com ele às 15h40. Por fim, às 16h30, encontra-se com o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem reunião com Pablo Cesário, Presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas – ABRASCA, a partir das 15h30.

Brasil

8h30 – Transações correntes Maio

14h30 – Fluxo cambial (semanal)

EUA

11h – Novas moradias (maio)

11h30 – Estoques de petróleo (semanal)

INTERNACIONAL

Sem fim

O chefe do Exército de Israel, Eyal Zamir, afirmou que o programa nuclear do Irã foi adiado, não destruído, e que a campanha contra Teerã continua mesmo após o cessar-fogo. Enquanto Donald Trump diz ter destruído as instalações nucleares, órgãos de inteligência dos EUA avaliam que o dano foi limitado, com impacto de apenas alguns meses. Israel agora volta o foco para Gaza, tentando pressionar o Hamas a se render e garantir a libertação dos reféns.

Possível ausência

O governo Lula recebeu sinais de que Xi Jinping pode não comparecer à cúpula do Brics no Rio, nos dias 6 e 7 de julho. Caso se confirme, a delegação chinesa pode ser liderada pelo premiê Li Qiang, segundo Celso Amorim. A ausência de Xi se somaria à de Vladimir Putin, que evita viagens devido a um mandado internacional. Lula tentou convencer Xi pessoalmente durante visita à China em maio. A ausência de líderes fundadores enfraquece a imagem do encontro. Apesar disso, a China reafirma apoio à presidência brasileira do bloco e promete fortalecer a cooperação.

ECONOMIA

Gasto público

O governo federal pretende “congelar” as discussões sobre elevar as despesas públicas e neste momento nenhum gasto é bem-vindo, disse nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à Record.

“Aumento de gasto público é quando tem necessidade de fazer, em que se faz necessário. Estamos num momento que vamos congelar o debate sobre aumento de gastos, até encontrar o caminho da sustentabilidade dos gastos. Neste momento, nenhum aumento de gasto é bem-vindo, a não ser os imprescindíveis”, disse Haddad ao veículo, conforme texto prévio publicado no R7.

Sem restrições

Dezessete países, incluindo Japão, Egito e Vietnã, retiraram restrições à compra de carne de aves do Brasil, segundo o Ministério da Agricultura. As barreiras haviam sido impostas após um foco de gripe aviária detectado no mês passado em Montenegro (RS). O Brasil, maior exportador global de carne de frango, se autodeclarou livre da doença na última semana. A decisão segue os protocolos internacionais após 28 dias sem novos casos em granjas comerciais. Outros países que reabriram o mercado incluem Paraguai, Bolívia, Marrocos e República Dominicana. A liberação reforça a confiança sanitária na produção brasileira.

INSS

O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, informou que os ressarcimentos às vítimas de descontos indevidos começarão em 24 de julho, com pagamentos quinzenais. A previsão é ressarcir cerca de 1,5 milhão de beneficiários no início. Haverá prioridade para grupos vulneráveis, como idosos acima de 80 anos, indígenas e quilombolas. A decisão foi anunciada durante audiência no STF, presidida pelo ministro Dias Toffoli. O relator do caso reforçou que a reparação deve ser integral. A AGU pediu suspensão de processos contra a União, mas o relator ainda não decidiu.

Trocam-se dívidas por atendimento

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou que o governo pretende liberar R$ 2 bilhões em créditos no segundo semestre deste ano para hospitais com dívidas à União que atendam pelo SUS. O programa troca essas dívidas por atendimentos, como cirurgias, exames e consultas, priorizando o volume de serviços oferecidos, não o número de instituições. Hospitais poderão oferecer atendimentos fora do município onde estão localizados. Padilha destacou que o foco é maximizar os atendimentos, beneficiando tanto grandes quanto pequenos devedores com capacidade operacional. A medida integra a MP “Agora Tem Especialista”, parte do esforço do governo Lula para melhorar a saúde pública e sua popularidade.

Milionários

O Brasil deve registrar a saída líquida de 1.200 milionários neste ano, segundo a consultoria Henley & Partners, o maior êxodo da América Latina. Esse movimento representa uma transferência estimada de US$ 8,4 bilhões (R$ 46 bilhões) para o exterior. Os principais destinos dos brasileiros ricos são Estados Unidos, Portugal, Ilhas Cayman, Costa Rica e Panamá. Enquanto países como China, Índia e Rússia reduzem suas perdas, o Brasil enfrenta um declínio contínuo, com queda de 18% na população milionária entre 2014 e 2024. A migração de milionários gera ganhos para os países receptores, mas sinaliza problemas estruturais para os emissores.

POLÍTICA

IOF

A Câmara dos Deputados votará nesta quarta-feira o projeto que susta o decreto do governo que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras, disse nesta terça o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). O governo estima arrecadar R$ 10 bilhões neste ano com a medida.

Na semana passada, a Câmara aprovou a urgência desse projeto, que acelera a sua tramitação. A articulação política do governo tentava usar esse tempo para debelar a crise. A ideia era construir o acordo para resolver o impasse nas contas públicas que o governo precisa, além de também atender o Congresso e começar a liberar as emendas.

Mais etanol na gasolina

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deve aprovar nesta quarta-feira o aumento da mistura do etanol na gasolina para 30%. Atualmente, esse percentual é de 27,5%. A 2ª reunião extraordinária do CNPE vai contar também com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além dele, estará presente o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Reunião de emergência

O presidente Lula convocou reunião de emergência com ministros para tratar dos vetos ao marco das eólicas em alto-mar, após o Congresso derrubar parte deles. A decisão já gerou um custo extra de R$ 35 bilhões nas tarifas de energia, que pode chegar a R$ 65 bilhões. O governo planeja editar uma medida provisória para reduzir esse impacto para R$ 11 bilhões, mas enfrenta resistência no Congresso. Lula e seus auxiliares avaliam ainda levar o caso ao Supremo Tribunal Federal para tentar frear a derrubada dos vetos.

Investigação

A Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou um pedido para que a Procuradoria Geral da República (PGR) investigue o presidente Lula por suposta interferência nas investigações de fraudes no INSS. O requerimento, feito pelo deputado Evair de Melo, cita declarações de Lula pedindo “cautela” à Polícia Federal e à CGU para evitar “crucificações”. A oposição vê isso como tentativa de proteger interesses pessoais, já que o irmão do presidente é ligado a uma entidade investigada. A PF estima R$ 6,3 bilhões em descontos irregulares entre 2019 e 2024. Também foi criada uma CPMI para apurar o caso.

Mauro Cid e Walter Braga Netto

  • Durante acareação no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ministro Walter Braga Netto chamou o tenente-coronel Mauro Cid de “mentiroso” e contestou sua versão sobre a entrega de dinheiro em uma sacola de vinho.
  • Cid afirmou que demorou a revelar o fato à Polícia Federal por estar em choque com a prisão de amigos militares acusados de planejar o assassinato do ministro Alexandre de Moraes. Braga Netto negou qualquer envolvimento, dizendo que orientou Cid a procurar a tesouraria do PL, mas não entregou dinheiro. As versões conflitantes não foram esclarecidas, e o STF não autorizou gravação da audiência para evitar pressões externas.
  • A defesa de Braga Netto afirmou que Cid mente e que sua delação pode ser anulada, beneficiando o ex-presidente Jair Bolsonaro.
  • Em paralelo, o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes negou que o ex-ministro Anderson Torres tenha incentivado atos ilegais, embora reconheça documentos com conteúdos semelhantes a minutas golpistas. As acareações foram conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes, que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Sem contato

O Senado deve votar nesta quarta o projeto que amplia de 513 para 531 o número de deputados federais, atendendo a uma determinação do STF sobre a defasagem na representação proporcional por estado. A proposta, relatada por Marcelo Castro (MDB-PI), enfrenta críticas por aumentar despesas públicas em momento de ajuste fiscal. Senadores como Fabiano Contarato (PT-ES) e Izalci (PL-DF) consideram o projeto um retrocesso e escárnio ao cidadão. O texto garante que nove estados ganharão entre uma e quatro cadeiras, sem que nenhum perca deputados. A Câmara não respondeu sobre o impacto financeiro da medida.

Maquiadores

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) contratou como assessores parlamentares dois maquiadores que ainda a maquiam ocasionalmente: Ronaldo Hass e Indy Montiel. Segundo o site Metrópole, Ronaldo Hass, contratado em novembro de 2024, atualmente recebe cerca de R$ 9.700; Indy Montiel, nomeado em dezembro, tem remuneração de cerca de R$ 2.100. Hilton afirmou que ambos realizam atividades típicas do gabinete, como briefings, relatórios e articulação política em pautas LGBTQIA+. Apesar das críticas, a deputada defende a contratação, ressaltando a qualificação da equipe e negando uso indevido de verba. Os assessores acompanham Hilton em compromissos políticos tanto em São Paulo quanto em Brasília.

Pedido de sanções

O bolsonarista e ex-comentarista da Jovem Pan, Paulo Figueiredo, pediu à Comissão de Direitos Humanos do Congresso dos EUA que recomende sanções contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em até 30 dias. Figueiredo vive nos EUA há dez anos e acusa Moraes de abusar de poder e atingir cidadãos em território americano. Ele falou em uma audiência esvaziada de congressistas, como parte da ofensiva de aliados de Jair Bolsonaro, incluindo Eduardo Bolsonaro, que se mudou para os EUA. O grupo espera que Donald Trump apoie a medida, ainda sem efeito concreto. Moraes já havia mencionado um mandado contra Figueiredo, que é investigado por participação em tentativa de golpe.

(Com Reuters, Agência Brasil e Estadão)

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