Por que o Banco do Brasil está sob risco maior de ser afetado pela Lei Magnitsky?

A sanção dos Estados Unidos a Alexandre de Moraes, com a inclusão do ministro do STF na lista de sancionados pela lei Magnitsky, colocou os bancos, em especial o Banco do Brasil, em alerta, especialmente após decisão do ministro Flávio Dino na última segunda-feira.

Dino determinou que todo bloqueio de ativos ou contas de brasileiros só poderá ocorrer com autorização da Corte. O ministro não mencionou a lei Magnitsky, mas, ao mesmo tempo, a decisão abre brecha para a interpretação de que Moraes não poderá sofrer no Brasil as consequências da penalidade imposta pelos EUA.

Toda a situação acendeu o sinal vermelho para os bancos. Como aponta Rodrigo Marcatti, economista e CEO da Veedha Investimentos, muitas instituições financeiras brasileiras têm operações no exterior, associadas a escritórios e bancos americanos, além de relações com multinacionais.

A encruzilhada, neste cenário, seria clara: os bancos ficariam sob risco de cumprir uma ordem do STF que poderia resultar em multas ou impactos diretos nos negócios internacionais dessas instituições.

Banco do Brasil no olho do furacão

Para o Banco do Brasil, a situação é mais complicada. A instituição, por ser parcialmente estatal, teria mais dificuldades e sofreria mais pressão para não cumprir o previsto na Magnitsky, como destaca Pedro Gonzaga, da Mantaro Capital. “Uma caixa de pandora foi aberta”, disse.

Além disso, o BB é responsável pela folha de pagamento dos servidores federais e dificilmente encerraria a conta-salário de um ministro, mesmo sob pressão internacional, na avaliação de Ricardo Campos, CEO e CIO da Reach Capital.

O cenário se refletiu no desempenho semanal do Banco do Brasil. Na última terça-feira, por exemplo, os papéis do banco despencaram 5%.

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Dino determinou que todo bloqueio de ativos ou contas de brasileiros só poderá ocorrer com autorização da Corte. O ministro não mencionou a lei Magnitsky, mas, ao mesmo tempo, a decisão abre brecha para a interpretação de que Moraes não poderá sofrer no Brasil as consequências da penalidade imposta pelos EUA.

Toda a situação acendeu o sinal vermelho para os bancos. Como aponta Rodrigo Marcatti, economista e CEO da Veedha Investimentos, muitas instituições financeiras brasileiras têm operações no exterior, associadas a escritórios e bancos americanos, além de relações com multinacionais.

A encruzilhada, neste cenário, seria clara: os bancos ficariam sob risco de cumprir uma ordem do STF que poderia resultar em multas ou impactos diretos nos negócios internacionais dessas instituições.

Banco do Brasil no olho do furacão

Para o Banco do Brasil, a situação é mais complicada. A instituição, por ser parcialmente estatal, teria mais dificuldades e sofreria mais pressão para não cumprir o previsto na Magnitsky, como destaca Pedro Gonzaga, da Mantaro Capital. “Uma caixa de pandora foi aberta”, disse.

Além disso, o BB é responsável pela folha de pagamento dos servidores federais e dificilmente encerraria a conta-salário de um ministro, mesmo sob pressão internacional, na avaliação de Ricardo Campos, CEO e CIO da Reach Capital.

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