
O segundo trimestre de 2025 foi marcado por resultados sólidos para as principais varejistas voltadas ao público de classe média, segundo análises do Bradesco BBI. Lojas Renner (LREN3), C&A (CEAB3) e Guararapes (GUAR3) destacaram-se com crescimento expressivo nas vendas de mesmas lojas (SSS) e expansão das margens, refletindo um cenário favorável para o setor de vestuário.
A Lojas Renner apresentou o melhor desempenho da categoria, com SSS de vestuário de 18,6% e expansão da margem bruta em 0,9 ponto percentual na comparação anual, superando as expectativas do Bradesco BBI. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) consolidado ajustado alcançou R$ 652 milhões, próximo à projeção de R$ 647 milhões. O bom desempenho foi impulsionado por bases de comparação mais fracas no 2T24, clima favorável e maior participação nas vendas a preço cheio. No entanto, despesas de vendas, gerais e administrativas (SG&A) e serviços financeiros vieram piores do que o esperado, o que limita uma revisão positiva das projeções para a empresa. A geração de caixa permaneceu robusta, com R$ 306 milhões no trimestre, utilizados integralmente para pagamento de dividendos.
A C&A também apresentou resultados positivos, com SSS de vestuário de 17%, margem bruta expandida em 0,8 ponto percentual e retorno sobre capital investido (ROIC) de 20,4%. A empresa manteve a tendência de melhora desde o 4T22, combinando crescimento de receita de dois dígitos com expansão de margem e geração de caixa. O EBITDA ajustado dos serviços financeiros cresceu para R$ 15 milhões, com redução na inadimplência e melhora na eficiência operacional. A dívida líquida caiu para uma relação de 0,3x EBITDA, refletindo desalavancagem contínua.
Já a Guararapes reportou crescimento de 12,9% nas vendas de mesmas lojas e expansão de 1,5 ponto percentual na margem bruta do varejo, superando as estimativas do Bradesco BBI. O EBITDA ajustado consolidado ficou 7% acima do esperado, e a alavancagem continuou a cair. O lucro líquido ajustado cresceu 42%, impulsionado pela melhora operacional e financeira. O segmento de serviços financeiros também apresentou crescimento, com expansão do portfólio e redução da inadimplência.
Apesar do desempenho robusto no 2T25, o Bradesco BBI mantém uma postura cautelosa para o segundo semestre de 2025 (2S25), devido à perspectiva macroeconômica desafiadora e à possível desaceleração do consumo discricionário. A alta marginal das ações, especialmente da Lojas Renner, dependerá de fatores macroeconômicos favoráveis ou de iniciativas específicas das empresas, sendo ainda cedo para precificar esses efeitos, avalia.
Saiba mais:
- Confira o calendário de resultados do 2º trimestre de 2025 da Bolsa brasileira
- Temporada de balanços do 2T ganha destaque: veja ações e setores para ficar de olho
Última a soltar resultados, a Lojas Renner se juntou à festa do vestuário voltado para o público de média renda no 2T25, apontou o BBI, com todas elas apresentando SSS de cerca de 16 a 18% e melhora de margem bruta de 0,80 ponto percentual (p.p.) ou mais em relação ao ano anterior, tendo gerado esse desempenho com base nas comparação fracas do 2T24, clima favorável e uma maior participação nas vendas a preço integral.
“A temporada de resultados do 2T25 das empresas de vestuário nos fez lembrar do 2T22, marcado por resultados operacionais robustos entre os players de renda média, por razões diferentes do 2T25, mas sendo igualmente difícil avaliar qual parte do forte desempenho foi impulsionada por fatores micro e qual foi impulsionada por fatores macro”, avalia o BBI.
Olhando a segunda metade do ano, ela não necessariamente seguirá a tendência do 2S22 para o setor, mas o banco permanece cauteloso em relação ao consumo discricionário no 2S25 e reforça a visão de que a alta marginal de LREN3 parece depender de ventos favoráveis macro ou de iniciativas de nível micro, e acha que ainda é muito cedo para serem precificadas.
De forma geral, por enquanto, mantém recomendação neutra para LREN3, mesma recomendação que possui para GUAR3. Já para CEAB3, a recomendação do BBI para os ativos é de compra.
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O segundo trimestre de 2025 foi marcado por resultados sólidos para as principais varejistas voltadas ao público de classe média, segundo análises do Bradesco BBI. Lojas Renner (LREN3), C&A (CEAB3) e Guararapes (GUAR3) destacaram-se com crescimento expressivo nas vendas de mesmas lojas (SSS) e expansão das margens, refletindo um cenário favorável para o setor de vestuário.
A Lojas Renner apresentou o melhor desempenho da categoria, com SSS de vestuário de 18,6% e expansão da margem bruta em 0,9 ponto percentual na comparação anual, superando as expectativas do Bradesco BBI. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) consolidado ajustado alcançou R$ 652 milhões, próximo à projeção de R$ 647 milhões. O bom desempenho foi impulsionado por bases de comparação mais fracas no 2T24, clima favorável e maior participação nas vendas a preço cheio. No entanto, despesas de vendas, gerais e administrativas (SG&A) e serviços financeiros vieram piores do que o esperado, o que limita uma revisão positiva das projeções para a empresa. A geração de caixa permaneceu robusta, com R$ 306 milhões no trimestre, utilizados integralmente para pagamento de dividendos.
A C&A também apresentou resultados positivos, com SSS de vestuário de 17%, margem bruta expandida em 0,8 ponto percentual e retorno sobre capital investido (ROIC) de 20,4%. A empresa manteve a tendência de melhora desde o 4T22, combinando crescimento de receita de dois dígitos com expansão de margem e geração de caixa. O EBITDA ajustado dos serviços financeiros cresceu para R$ 15 milhões, com redução na inadimplência e melhora na eficiência operacional. A dívida líquida caiu para uma relação de 0,3x EBITDA, refletindo desalavancagem contínua.
Já a Guararapes reportou crescimento de 12,9% nas vendas de mesmas lojas e expansão de 1,5 ponto percentual na margem bruta do varejo, superando as estimativas do Bradesco BBI. O EBITDA ajustado consolidado ficou 7% acima do esperado, e a alavancagem continuou a cair. O lucro líquido ajustado cresceu 42%, impulsionado pela melhora operacional e financeira. O segmento de serviços financeiros também apresentou crescimento, com expansão do portfólio e redução da inadimplência.
Apesar do desempenho robusto no 2T25, o Bradesco BBI mantém uma postura cautelosa para o segundo semestre de 2025 (2S25), devido à perspectiva macroeconômica desafiadora e à possível desaceleração do consumo discricionário. A alta marginal das ações, especialmente da Lojas Renner, dependerá de fatores macroeconômicos favoráveis ou de iniciativas específicas das empresas, sendo ainda cedo para precificar esses efeitos, avalia.
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Última a soltar resultados, a Lojas Renner se juntou à festa do vestuário voltado para o público de média renda no 2T25, apontou o BBI, com todas elas apresentando SSS de cerca de 16 a 18% e melhora de margem bruta de 0,80 ponto percentual (p.p.) ou mais em relação ao ano anterior, tendo gerado esse desempenho com base nas comparação fracas do 2T24, clima favorável e uma maior participação nas vendas a preço integral.
“A temporada de resultados do 2T25 das empresas de vestuário nos fez lembrar do 2T22, marcado por resultados operacionais robustos entre os players de renda média, por razões diferentes do 2T25, mas sendo igualmente difícil avaliar qual parte do forte desempenho foi impulsionada por fatores micro e qual foi impulsionada por fatores macro”, avalia o BBI.
Olhando a segunda metade do ano, ela não necessariamente seguirá a tendência do 2S22 para o setor, mas o banco permanece cauteloso em relação ao consumo discricionário no 2S25 e reforça a visão de que a alta marginal de LREN3 parece depender de ventos favoráveis macro ou de iniciativas de nível micro, e acha que ainda é muito cedo para serem precificadas.
De forma geral, por enquanto, mantém recomendação neutra para LREN3, mesma recomendação que possui para GUAR3. Já para CEAB3, a recomendação do BBI para os ativos é de compra.
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