
Empresas e governos de mercados emergentes estão retomando a emissão de dívida internacional no ritmo mais forte desde 2021, aproveitando a queda nos prêmios de risco e a expectativa de juros mais baixos nos Estados Unidos. A informação é do Financial Times.
Segundo dados do JPMorgan e S&P Global, foram emitidos US$ 250 bilhões em títulos de dívida entre janeiro e julho de 2025. A projeção é que o total chegue a US$ 370 bilhões até o fim do ano, pouco abaixo do recorde registrado durante a pandemia.

Trump ameaça sanção à Índia por petróleo russo e amplia atrito com aliados
Presidente dos EUA diz que Nova Déli perdeu acesso a petróleo bruto russo e pode ser alvo de medidas secundárias

Governo Lula vê com preocupação ação militar dos EUA no Caribe
Governo Lula classifica qualquer presença militar estrangeira próxima à América Latina como motivo de alerta, em meio a escalada de tensão com a Venezuela e ofensiva contra cartéis
Com a inclusão da China, o volume sobe para US$ 433 bilhões, embora o saldo líquido ainda seja negativo em US$ 8 bilhões, devido aos vencimentos.
“O mercado começou a precificar um Federal Reserve mais acomodatício… muitas empresas que estavam de fora estão se preparando para voltar”, afirmou Alan Siow, da gestora Ninety One ao jornal.
O retorno adicional exigido por investidores para comprar papéis corporativos emergentes com grau de investimento em relação aos Treasuries de 10 anos caiu para menos de 2 pontos percentuais, o menor nível desde 2007.
Essa compressão de spreads é reflexo de um maior apetite por risco, apoiado por acordos comerciais firmados por Donald Trump e pela valorização das bolsas globais.
Embora o ambiente macroeconômico ainda inclua incertezas relevantes, como ameaças tarifárias unilaterais e dados mistos sobre crescimento, os mercados de crédito seguem em ritmo forte.
A China, que liderava as emissões entre os emergentes até 2021, recuou após a crise do setor imobiliário e passou a priorizar o financiamento doméstico. Em seu lugar, países como Arábia Saudita e México têm impulsionado o mercado.
Os sauditas intensificaram as emissões em dólar para financiar projetos estratégicos internos e compensar a queda nas receitas de petróleo. O México, por sua vez, captou US$ 12 bilhões neste ano — parte dos recursos destinados a reforçar a estatal Pemex.
Ameaças tarifárias de Trump não assustam
Apesar das recentes ameaças de tarifas de até 50% sobre Brasil e Índia feitas por Trump, os spreads continuam em queda.
Papéis de high yield também foram beneficiados, sinalizando que os investidores ainda não precificaram uma deterioração geopolítica relevante.
“O mercado está surpreendentemente tranquilo em relação às tarifas”, disse Siow. ao FT “Esses anúncios assustam, mas os investidores estão olhando além — até porque os detalhes sempre trazem exceções.”
Como exemplo, ele cita a possível tarifa de 25% sobre o México, cujo impacto real seria inferior a 10% devido às regras do acordo comercial USMCA, que preserva condições favoráveis para boa parte das exportações mexicanas.
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Segundo dados do JPMorgan e S&P Global, foram emitidos US$ 250 bilhões em títulos de dívida entre janeiro e julho de 2025. A projeção é que o total chegue a US$ 370 bilhões até o fim do ano, pouco abaixo do recorde registrado durante a pandemia.

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“O mercado começou a precificar um Federal Reserve mais acomodatício… muitas empresas que estavam de fora estão se preparando para voltar”, afirmou Alan Siow, da gestora Ninety One ao jornal.
O retorno adicional exigido por investidores para comprar papéis corporativos emergentes com grau de investimento em relação aos Treasuries de 10 anos caiu para menos de 2 pontos percentuais, o menor nível desde 2007.
Essa compressão de spreads é reflexo de um maior apetite por risco, apoiado por acordos comerciais firmados por Donald Trump e pela valorização das bolsas globais.
Embora o ambiente macroeconômico ainda inclua incertezas relevantes, como ameaças tarifárias unilaterais e dados mistos sobre crescimento, os mercados de crédito seguem em ritmo forte.
A China, que liderava as emissões entre os emergentes até 2021, recuou após a crise do setor imobiliário e passou a priorizar o financiamento doméstico. Em seu lugar, países como Arábia Saudita e México têm impulsionado o mercado.
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Ameaças tarifárias de Trump não assustam
Apesar das recentes ameaças de tarifas de até 50% sobre Brasil e Índia feitas por Trump, os spreads continuam em queda.
Papéis de high yield também foram beneficiados, sinalizando que os investidores ainda não precificaram uma deterioração geopolítica relevante.
“O mercado está surpreendentemente tranquilo em relação às tarifas”, disse Siow. ao FT “Esses anúncios assustam, mas os investidores estão olhando além — até porque os detalhes sempre trazem exceções.”
Como exemplo, ele cita a possível tarifa de 25% sobre o México, cujo impacto real seria inferior a 10% devido às regras do acordo comercial USMCA, que preserva condições favoráveis para boa parte das exportações mexicanas.
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