Ata do Copom, dados de serviços, balanços de Itaú e Embraer e mais destaques desta 3ª

O mercado brasileiro aguarda, nesta terça-feira (5), a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para as 8h. O documento deve esclarecer o posicionamento do Banco Central em relação ao momento em que a equipe responsável pela política monetária pode iniciar cortes na taxa Selic, atualmente mantida em 15% ao ano.

Até então, há falta de consenso entre os analistas: alguns acreditam que os cortes podem começar já neste semestre, sobretudo no fim deste ano, enquanto outros projetam a diminuição da taxa básica de juros apenas em 2026.

Ainda no Brasil, às 10h, será divulgado o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços referente a julho, indicador que mede a atividade econômica do setor de serviços.

Nos Estados Unidos, a agenda começa às 9h30 com a divulgação da balança comercial de junho, que aponta a diferença entre exportações e importações do país. Às 10h45 sai o PMI de serviços final de julho, que complementa a estimativa preliminar do desempenho do setor de serviços norte-americano.

Às 11h será divulgado o índice ISM de serviços de julho, medido pelo Institute for Supply Management, que também indica a saúde da economia no setor de serviços. O dia fecha com a divulgação dos estoques semanais de petróleo pela American Petroleum Institute (API) às 17h30, dado importante para acompanhar a oferta de energia no mercado global.

Além dos indicadores econômicos, diversas empresas divulgarão seus resultados financeiros referentes ao segundo trimestre deste ano (2T25). Entre elas estão Blau (BLAU3), Cury (CURY3), Embraer (EMBR3), Eternit (ETER3), Iguatemi (IGTA3), Itaú Unibanco (ITUB4), Klabin (KLBN11), Odontoprev (ODPV3), Pão de Açúcar (PCAR3), PetroRio (PRIO3) e RaiaDrogasil (RADL3).

Apesar da agenda carregada de indicadores, o foco do mercado deve se voltar para a repercussão da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que pode comprometer as negociações tarifárias do governo Lula com o presidente americano Donald Trump. Em nota oficial divulgada na noite desta segunda-feira (4), o Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental, ligado ao Departamento de Estado dos EUA, acusou o ministro Alexandre de Moraes de violar direitos humanos e de instrumentalizar a Justiça brasileira para silenciar adversários políticos.

Vale lembrar que Trump concede entrevista à CNBC a partir das 9h (horário de Brasília).

O que vai mexer com o mercado nesta terça

Agenda

Às 9h, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne, no Palácio do Planalto, com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. Às 10h, participa da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), no Palácio Itamaraty. Ao meio-dia, Lula almoça com governadores dos estados da região Nordeste, também no Itamaraty. Às 15h40, recebe no Planalto o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza. Às 16h, participa da Reunião Plenária Ordinária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), no Planalto. Encerrando a agenda pública, às 17h30, reúne-se com o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

Brasil

  • 8h – Ata do Copom
  • 10h – PMI de serviços (julho)  
      
    EUA
  • 09h30 – Balança comercial (junho)
  • 10h45 – PMI de serviços (final) (julho)
  • 11h – ISM de serviços (julho)
  • 17h30 – Estoques de petróleo (API) (semanal)

INTERNACIONAL

Violação dos direitos humanos

O governo Donald Trump reagiu com críticas contundentes à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em uma publicação oficial feita na noite desta segunda-feira (4), o Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental, vinculado ao Departamento de Estado, acusou Moraes de violar direitos humanos e de instrumentalizar a Justiça brasileira para calar adversários políticos.

Projeto piloto

Os EUA devem iniciar em 20 de agosto um programa piloto que exige caução de até US$ 15 mil para emissão de vistos a países com alta taxa de permanência irregular. A medida, defendida por Trump, segundo ele, quer coibir a imigração ilegal. Brasileiros também pagarão taxa de US$ 250 a partir de outubro. Ambos os valores serão reembolsados se as regras forem cumpridas.

Suspensão

A União Europeia suspenderá por seis meses suas contramedidas às tarifas dos EUA após acordo com Donald Trump, segundo a Comissão Europeia. A decisão busca avançar em uma declaração conjunta iniciada em julho, apesar das tarifas de 15% decretadas por Trump. O pacote europeu afetaria 93 bilhões de euros em produtos americanos. Autoridades esperam novos decretos em breve.

Mais atraente

A Suíça afirmou estar disposta a apresentar uma proposta mais atraente aos Estados Unidos para evitar a tarifa de 39% sobre suas exportações, prevista para entrar em vigor em 6 de agosto. O governo suíço sinalizou abertura para continuar as negociações além do prazo imposto por Trump. Entre as possíveis concessões estão a compra de gás natural liquefeito dos EUA e novos investimentos no país. A Casa Branca acusa a Suíça de manter uma relação comercial unilateral.

Prejuízo

Trump anunciou ontem que pretende aumentar as tarifas sobre a Índia devido à compra e revenda de petróleo russo com lucro no mercado global. Segundo ele, Nova Délhi ignora a guerra na Ucrânia em busca de ganhos comerciais. O ex-presidente também afirmou que parte da arrecadação tarifária pode ser distribuída à população de renda média e baixa. A medida intensifica tensões comerciais e geopolíticas com o país asiático.

ECONOMIA

Prioridade

O governo federal anunciou que priorizará produtos da indústria nacional na compra de R$ 2,4 bilhões em equipamentos para o SUS, mesmo com preços até 20% maiores que os importados. A medida vem após Trump elevar para 50% a tarifa sobre produtos brasileiros. Os itens serão adquiridos via edital do Novo PAC e incluem desde cadeiras de rodas até ultrassons. Alckmin afirmou que compras públicas são ferramenta para proteger a economia.

Desenrola

Até junho, 112 mil agricultores familiares renegociaram R$ 3,3 bilhões em dívidas por meio do Desenrola Rural, criado em fevereiro para aliviar a pressão inflacionária e destravar crédito. A maioria dos acordos envolve dívidas com o Banco do Brasil ou inscritas na Dívida Ativa da União. O programa já registra 188 mil renegociações e tem potencial para atender até 250 mil produtores. Estados como Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais concentram os maiores volumes renegociados.

Crescimento

As vendas de carros e comerciais leves cresceram 13,75% em julho ante junho e 1,18% na comparação anual, somando 229,95 mil unidades, segundo a Fenabrave. O aumento é atribuído à redução do IPI promovida pelo programa Carro Sustentável, lançado pelo governo. A entidade prevê que o estímulo manterá o ritmo de alta nos próximos meses. No total, o setor vendeu 243,2 mil veículos novos, incluindo ônibus e máquinas agrícolas.

POLÍTICA

Prisão domiciliar

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, cumpra prisão domiciliar por violar medidas cautelares. O ex-presidente teria usado redes sociais de familiares para incentivar ataques ao STF e defender intervenção estrangeira. Moraes afirma que Bolsonaro agiu para burlar restrições e seguir ativo no debate político. Ele continuará usando tornozeleira, mas agora terá visitas limitadas e ficará sem celular.

Reações à prisão de Bolsonaro

Os governadores de direita Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União-GO), Eduardo Leite (PSD-RS), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), possíveis herdeiros dos votos de Jair Bolsonaro (PL) na corrida eleitoral de 2026, manifestaram apoio ao ex-chefe do Executivo após sua prisão domiciliar ser decretada nesta segunda-feira (4) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Sem retaliação

O governo brasileiro decidiu não retaliar, por ora, a tarifa de 50% imposta pelos EUA a produtos nacionais, focando em medidas de alívio às empresas afetadas. Entre as ações previstas estão linhas de crédito, ajustes no seguro à exportação e apoio financeiro emergencial. Brasília vê com cautela qualquer provocação direta a Trump, apostando na diplomacia e em possíveis exceções já concedidas por Washington. Mesmo assim, analisa apresentar queixa à OMC e manter medidas de pressão como último recurso.

Alternativa

Lula voltou a criticar o governo Trump e defendeu a criação de alternativas ao dólar nas transações internacionais, citando experiências com a Argentina. Em evento do PT, afirmou que o Brasil exige ser tratado com respeito e não aceitará sanções motivadas por questões políticas. Disse ainda que os EUA já “ajudaram a dar golpe” no país, sem detalhar. Apesar das críticas, reforçou que há limites no confronto e a prioridade é manter diálogo.

Mesa de negociação

O chanceler Mauro Vieira afirmou que a Constituição brasileira “não está em qualquer mesa de negociação”, em resposta à exigência dos EUA por anistia a Jair Bolsonaro, atrelada ao tarifaço de 50%. Sem citar nomes, criticou ataques coordenados por brasileiros em conluio com forças estrangeiras. O governo vê as sanções como interferência nos assuntos internos. Lula reiterou que o Brasil está aberto ao diálogo, mas prioriza proteger sua economia e soberania.

Impedimento

O ministro do STF Cristiano Zanin enviou à PGR o pedido do PT para impedir que sanções dos EUA contra Alexandre de Moraes sejam cumpridas por instituições financeiras no Brasil. A petição, apresentada por Lindbergh Farias, argumenta que decisões externas não podem ter validade sem homologação judicial. Moraes disse que “ignorará” as sanções. O caso eleva a tensão diplomática com Washington.

Inspiração

O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) apresentou o projeto “Lei Clezão-Silveira” (PL 3681/2025), inspirado na Lei Magnitsky dos EUA, para instituir sanções administrativas contra pessoas e empresas envolvidas em crimes graves. A proposta prevê medidas como congelamento de ativos, cancelamento de vistos e bloqueio de registros empresariais. Sancionados podem ser brasileiros ou estrangeiros acusados de corrupção, tráfico, abuso de autoridade e crimes hediondos. O projeto quer proteger o Estado de Direito contra abusos judiciais.

Indícios

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apontou indícios de que o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), esteve envolvido em irregularidades na compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste em 2020, quando era governador da Bahia. O contrato, assinado com a Hempcare Pharma, previa pagamento antecipado e sem garantias, mas os equipamentos nunca foram entregues. O prejuízo estimado é de R$ 48 milhões. A PGR quer que o caso retorne ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), por ter ocorrido durante o mandato estadual.

Marcos do Val

Líderes da oposição no Senado pressionam Davi Alcolumbre a defender Marcos do Val, após ele ser ordenado a usar tornozeleira eletrônica e outras restrições pelo ministro Alexandre de Moraes. Eles afirmam que a medida compromete o mandato do senador e a autoridade do Senado, pedindo que excessos sejam avaliados pelo Conselho de Ética. A bancada do Podemos também repudiou as restrições, alegando violação das prerrogativas parlamentares. Alcolumbre acionou a Advocacia-Geral do Senado para acompanhar o caso, mas ainda não se manifestou publicamente.

Nomeação

Humberto Ribeiro, cofundador e diretor jurídico do Sleeping Giants Brasil, foi nomeado para o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), que assessora a Presidência da República. A posse será nesta terça-feira (5), no Palácio do Itamaraty, com a presença do presidente Lula. Humberto destaca a importância de políticas que coloquem as pessoas no centro do ambiente digital, combatendo desinformação e discurso de ódio. Ele é especialista em gestão de projetos e mestrando em direito e tecnologia.

Corporativo

BB Seguridade (BBSE3)

A BB Seguridade (BBSE3) cortou nesta segunda-feira suas projeções para o ano, apesar de registrar crescimento de 19,7% no lucro líquido do segundo trimestre na comparação com o mesmo período de 2024, de acordo com balanço financeiro, em resultado levemente acima do esperado no mercado.

A empresa, braço de seguros e previdência do Banco do Brasil, apurou lucro líquido gerencial recorrente de R$ 2,24 bilhões no trimestre encerrado em junho, contra expectativa média de analistas em pesquisa da LSEG de R$ 2,197 bilhões.

(Com Reuters e Bloomberg)

The post Ata do Copom, dados de serviços, balanços de Itaú e Embraer e mais destaques desta 3ª appeared first on InfoMoney.



from Mercados Financeiros - Últimas Notícias | InfoMoney https://ift.tt/jtOMlLA
via IFTTT

O mercado brasileiro aguarda, nesta terça-feira (5), a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para as 8h. O documento deve esclarecer o posicionamento do Banco Central em relação ao momento em que a equipe responsável pela política monetária pode iniciar cortes na taxa Selic, atualmente mantida em 15% ao ano.

Até então, há falta de consenso entre os analistas: alguns acreditam que os cortes podem começar já neste semestre, sobretudo no fim deste ano, enquanto outros projetam a diminuição da taxa básica de juros apenas em 2026.

Ainda no Brasil, às 10h, será divulgado o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços referente a julho, indicador que mede a atividade econômica do setor de serviços.

Nos Estados Unidos, a agenda começa às 9h30 com a divulgação da balança comercial de junho, que aponta a diferença entre exportações e importações do país. Às 10h45 sai o PMI de serviços final de julho, que complementa a estimativa preliminar do desempenho do setor de serviços norte-americano.

Às 11h será divulgado o índice ISM de serviços de julho, medido pelo Institute for Supply Management, que também indica a saúde da economia no setor de serviços. O dia fecha com a divulgação dos estoques semanais de petróleo pela American Petroleum Institute (API) às 17h30, dado importante para acompanhar a oferta de energia no mercado global.

Além dos indicadores econômicos, diversas empresas divulgarão seus resultados financeiros referentes ao segundo trimestre deste ano (2T25). Entre elas estão Blau (BLAU3), Cury (CURY3), Embraer (EMBR3), Eternit (ETER3), Iguatemi (IGTA3), Itaú Unibanco (ITUB4), Klabin (KLBN11), Odontoprev (ODPV3), Pão de Açúcar (PCAR3), PetroRio (PRIO3) e RaiaDrogasil (RADL3).

Apesar da agenda carregada de indicadores, o foco do mercado deve se voltar para a repercussão da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que pode comprometer as negociações tarifárias do governo Lula com o presidente americano Donald Trump. Em nota oficial divulgada na noite desta segunda-feira (4), o Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental, ligado ao Departamento de Estado dos EUA, acusou o ministro Alexandre de Moraes de violar direitos humanos e de instrumentalizar a Justiça brasileira para silenciar adversários políticos.

Vale lembrar que Trump concede entrevista à CNBC a partir das 9h (horário de Brasília).

O que vai mexer com o mercado nesta terça

Agenda

Às 9h, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne, no Palácio do Planalto, com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. Às 10h, participa da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), no Palácio Itamaraty. Ao meio-dia, Lula almoça com governadores dos estados da região Nordeste, também no Itamaraty. Às 15h40, recebe no Planalto o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza. Às 16h, participa da Reunião Plenária Ordinária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), no Planalto. Encerrando a agenda pública, às 17h30, reúne-se com o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

Brasil

  • 8h – Ata do Copom
  • 10h – PMI de serviços (julho)  
      
    EUA
  • 09h30 – Balança comercial (junho)
  • 10h45 – PMI de serviços (final) (julho)
  • 11h – ISM de serviços (julho)
  • 17h30 – Estoques de petróleo (API) (semanal)

INTERNACIONAL

Violação dos direitos humanos

O governo Donald Trump reagiu com críticas contundentes à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em uma publicação oficial feita na noite desta segunda-feira (4), o Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental, vinculado ao Departamento de Estado, acusou Moraes de violar direitos humanos e de instrumentalizar a Justiça brasileira para calar adversários políticos.

Projeto piloto

Os EUA devem iniciar em 20 de agosto um programa piloto que exige caução de até US$ 15 mil para emissão de vistos a países com alta taxa de permanência irregular. A medida, defendida por Trump, segundo ele, quer coibir a imigração ilegal. Brasileiros também pagarão taxa de US$ 250 a partir de outubro. Ambos os valores serão reembolsados se as regras forem cumpridas.

Suspensão

A União Europeia suspenderá por seis meses suas contramedidas às tarifas dos EUA após acordo com Donald Trump, segundo a Comissão Europeia. A decisão busca avançar em uma declaração conjunta iniciada em julho, apesar das tarifas de 15% decretadas por Trump. O pacote europeu afetaria 93 bilhões de euros em produtos americanos. Autoridades esperam novos decretos em breve.

Mais atraente

A Suíça afirmou estar disposta a apresentar uma proposta mais atraente aos Estados Unidos para evitar a tarifa de 39% sobre suas exportações, prevista para entrar em vigor em 6 de agosto. O governo suíço sinalizou abertura para continuar as negociações além do prazo imposto por Trump. Entre as possíveis concessões estão a compra de gás natural liquefeito dos EUA e novos investimentos no país. A Casa Branca acusa a Suíça de manter uma relação comercial unilateral.

Prejuízo

Trump anunciou ontem que pretende aumentar as tarifas sobre a Índia devido à compra e revenda de petróleo russo com lucro no mercado global. Segundo ele, Nova Délhi ignora a guerra na Ucrânia em busca de ganhos comerciais. O ex-presidente também afirmou que parte da arrecadação tarifária pode ser distribuída à população de renda média e baixa. A medida intensifica tensões comerciais e geopolíticas com o país asiático.

ECONOMIA

Prioridade

O governo federal anunciou que priorizará produtos da indústria nacional na compra de R$ 2,4 bilhões em equipamentos para o SUS, mesmo com preços até 20% maiores que os importados. A medida vem após Trump elevar para 50% a tarifa sobre produtos brasileiros. Os itens serão adquiridos via edital do Novo PAC e incluem desde cadeiras de rodas até ultrassons. Alckmin afirmou que compras públicas são ferramenta para proteger a economia.

Desenrola

Até junho, 112 mil agricultores familiares renegociaram R$ 3,3 bilhões em dívidas por meio do Desenrola Rural, criado em fevereiro para aliviar a pressão inflacionária e destravar crédito. A maioria dos acordos envolve dívidas com o Banco do Brasil ou inscritas na Dívida Ativa da União. O programa já registra 188 mil renegociações e tem potencial para atender até 250 mil produtores. Estados como Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais concentram os maiores volumes renegociados.

Crescimento

As vendas de carros e comerciais leves cresceram 13,75% em julho ante junho e 1,18% na comparação anual, somando 229,95 mil unidades, segundo a Fenabrave. O aumento é atribuído à redução do IPI promovida pelo programa Carro Sustentável, lançado pelo governo. A entidade prevê que o estímulo manterá o ritmo de alta nos próximos meses. No total, o setor vendeu 243,2 mil veículos novos, incluindo ônibus e máquinas agrícolas.

POLÍTICA

Prisão domiciliar

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, cumpra prisão domiciliar por violar medidas cautelares. O ex-presidente teria usado redes sociais de familiares para incentivar ataques ao STF e defender intervenção estrangeira. Moraes afirma que Bolsonaro agiu para burlar restrições e seguir ativo no debate político. Ele continuará usando tornozeleira, mas agora terá visitas limitadas e ficará sem celular.

Reações à prisão de Bolsonaro

Os governadores de direita Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União-GO), Eduardo Leite (PSD-RS), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), possíveis herdeiros dos votos de Jair Bolsonaro (PL) na corrida eleitoral de 2026, manifestaram apoio ao ex-chefe do Executivo após sua prisão domiciliar ser decretada nesta segunda-feira (4) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Sem retaliação

O governo brasileiro decidiu não retaliar, por ora, a tarifa de 50% imposta pelos EUA a produtos nacionais, focando em medidas de alívio às empresas afetadas. Entre as ações previstas estão linhas de crédito, ajustes no seguro à exportação e apoio financeiro emergencial. Brasília vê com cautela qualquer provocação direta a Trump, apostando na diplomacia e em possíveis exceções já concedidas por Washington. Mesmo assim, analisa apresentar queixa à OMC e manter medidas de pressão como último recurso.

Alternativa

Lula voltou a criticar o governo Trump e defendeu a criação de alternativas ao dólar nas transações internacionais, citando experiências com a Argentina. Em evento do PT, afirmou que o Brasil exige ser tratado com respeito e não aceitará sanções motivadas por questões políticas. Disse ainda que os EUA já “ajudaram a dar golpe” no país, sem detalhar. Apesar das críticas, reforçou que há limites no confronto e a prioridade é manter diálogo.

Mesa de negociação

O chanceler Mauro Vieira afirmou que a Constituição brasileira “não está em qualquer mesa de negociação”, em resposta à exigência dos EUA por anistia a Jair Bolsonaro, atrelada ao tarifaço de 50%. Sem citar nomes, criticou ataques coordenados por brasileiros em conluio com forças estrangeiras. O governo vê as sanções como interferência nos assuntos internos. Lula reiterou que o Brasil está aberto ao diálogo, mas prioriza proteger sua economia e soberania.

Impedimento

O ministro do STF Cristiano Zanin enviou à PGR o pedido do PT para impedir que sanções dos EUA contra Alexandre de Moraes sejam cumpridas por instituições financeiras no Brasil. A petição, apresentada por Lindbergh Farias, argumenta que decisões externas não podem ter validade sem homologação judicial. Moraes disse que “ignorará” as sanções. O caso eleva a tensão diplomática com Washington.

Inspiração

O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) apresentou o projeto “Lei Clezão-Silveira” (PL 3681/2025), inspirado na Lei Magnitsky dos EUA, para instituir sanções administrativas contra pessoas e empresas envolvidas em crimes graves. A proposta prevê medidas como congelamento de ativos, cancelamento de vistos e bloqueio de registros empresariais. Sancionados podem ser brasileiros ou estrangeiros acusados de corrupção, tráfico, abuso de autoridade e crimes hediondos. O projeto quer proteger o Estado de Direito contra abusos judiciais.

Indícios

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apontou indícios de que o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), esteve envolvido em irregularidades na compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste em 2020, quando era governador da Bahia. O contrato, assinado com a Hempcare Pharma, previa pagamento antecipado e sem garantias, mas os equipamentos nunca foram entregues. O prejuízo estimado é de R$ 48 milhões. A PGR quer que o caso retorne ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), por ter ocorrido durante o mandato estadual.

Marcos do Val

Líderes da oposição no Senado pressionam Davi Alcolumbre a defender Marcos do Val, após ele ser ordenado a usar tornozeleira eletrônica e outras restrições pelo ministro Alexandre de Moraes. Eles afirmam que a medida compromete o mandato do senador e a autoridade do Senado, pedindo que excessos sejam avaliados pelo Conselho de Ética. A bancada do Podemos também repudiou as restrições, alegando violação das prerrogativas parlamentares. Alcolumbre acionou a Advocacia-Geral do Senado para acompanhar o caso, mas ainda não se manifestou publicamente.

Nomeação

Humberto Ribeiro, cofundador e diretor jurídico do Sleeping Giants Brasil, foi nomeado para o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), que assessora a Presidência da República. A posse será nesta terça-feira (5), no Palácio do Itamaraty, com a presença do presidente Lula. Humberto destaca a importância de políticas que coloquem as pessoas no centro do ambiente digital, combatendo desinformação e discurso de ódio. Ele é especialista em gestão de projetos e mestrando em direito e tecnologia.

Corporativo

BB Seguridade (BBSE3)

A BB Seguridade (BBSE3) cortou nesta segunda-feira suas projeções para o ano, apesar de registrar crescimento de 19,7% no lucro líquido do segundo trimestre na comparação com o mesmo período de 2024, de acordo com balanço financeiro, em resultado levemente acima do esperado no mercado.

A empresa, braço de seguros e previdência do Banco do Brasil, apurou lucro líquido gerencial recorrente de R$ 2,24 bilhões no trimestre encerrado em junho, contra expectativa média de analistas em pesquisa da LSEG de R$ 2,197 bilhões.

(Com Reuters e Bloomberg)

The post Ata do Copom, dados de serviços, balanços de Itaú e Embraer e mais destaques desta 3ª appeared first on InfoMoney.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem