
Automatizar uma estratégia de investimentos exige mais do que programação: é preciso método, testes estatísticos e acompanhamento constante. Em entrevista ao InfoMoney, o analista técnico da XP, Felipe Perigolo e o analista Quant/Técnico da XP, Lucas Lubrano Melo detalharam como funciona, na prática, o desenvolvimento de um robô — desde a concepção até o lançamento na conta real para o investidor.
“Um robô basicamente é um conjunto de regras que se predetermina utilizando modelos testados anteriormente, e que se consegue implementar, desenvolver e lançar para operar por ti”, resume Perigolo. A seguir, entenda as seis etapas fundamentais da construção de um robô investidor.
Aprenda o Setup da Praia na Semana do Trader Sossegado 2.0
1 – Definição da estratégia
Tudo começa com a ideia. É preciso ter clareza sobre o tipo de estratégia que se quer automatizar. “Se você já possui um setup (critério para tomada de decisão) que queira automatizar ou testar, o primeiro passo é definir os parâmetros”, explica Perigolo.
Isso significa decidir quais indicadores serão usados. Nessa fase pode-se usar indicadores técnicos como médias móveis, IFR (Índice de Força Relativa), candles e outras variáveis.
“Se elenca basicamente todos os indicadores que aquele robô vai ter. Quero um robô que funcione bem para tendência. Então, a gente vai estudar quais são os melhores indicadores para esse cenário”, explica Perigolo.
Lubrano explica que definir o sinal de entrada é o maior desafio na criação de um robô. “Tem-se um sinal de entrada. Então, o que vai definir abrir uma posição? Essa é a parte mais difícil. Pode-se usar indicadores técnicos, mas existem várias formas”, destaca.
2 – Programação dos gatilhos
Com os indicadores e a estratégia definidas, o passo seguinte é transformar as definições em ações objetivas, determinando quando entrar e sair da operação – o que inclui determinar pontos de entrada, saída, alvo, stop gain (ganho) e stop loss (perda).
Lucas Lubrano complementa que esse é o momento de transformar a lógica em código e controles. “Você tem que primeiramente desenvolver o código do robô, o algoritmo dele. Então, onde o robô vai comprar, em que cenário. Você tem que citar alguns parâmetros, como o alvo de todas as operações. Tem que fazer uma série de controles para garantir o funcionamento completo do robô”, afirma.
3 – Backtest
Com o setup e os parâmetros prontos, é hora de testar a estratégia no passado. Esse teste é chamado de backtest, e avalia como a estratégia teria se comportado com base de dados no passado.
Perigolo destacou que, entre os formatos disponíveis para o backtest, o mais preciso é o market data tick a tick, já que permite capturar todos os movimentos do mercado, independentemente do tempo gráfico adotado.
“No backtest a gente vai ter os resultados que atingiu no período estudado, podendo ser de 1 ano para trás, 2 anos ou até 5 anos, dependendo dos dados disponíveis”, diz Perigolo. “Se consegue verificar se ele está entrando nos pontos que gostaria, se está saindo quando deveria. Visto isso, pode-se começar a testar de forma mais intensa”, reforça Lubrano.
Com as estatísticas extraídas do backtest, inicia-se o processo de refinamento da estratégia.
“A gente vai criar diversos cenários, com diversos alvos, diversos stop loss, com diversos tipos de entrada para definir aonde é o melhor ponto”, diz Perigolo. O objetivo é encontrar os parâmetros mais eficientes dentro da lógica programada. No entanto, o próprio processo de otimização exige cautela. “Aqui, a gente tem que ficar atento para um fator que se chama overfitting”, alerta o especialista.
“Overfitting é quando se ajusta demais a sua curva. No passado, ele vai parecer perfeito, mas não vai funcionar no mercado real”, explica Lubrano, referindo-se ao risco de o robô ficar excessivamente ajustado ao comportamento do mercado passado — algo que pode comprometer seu desempenho no futuro.
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4 – Teste de robustez
Após a fase de backtest e otimização, o robô ainda precisa provar que pode se manter eficaz fora do período em que foi testado. “O próximo passo é justamente rodar um teste de robustez”, explica Perigolo. Este é um passo crucial para garantir que o robô não apresenta overfitting e se o robô pode ser vencedor ao longo do tempo.
Segundo Felipe Perigolo, esse processo busca validar o comportamento do robô em diferentes janelas de tempo, fora daquelas usadas no backtest tradicional. “A gente passa pelo processo de teste de robustez e aí sim a gente vai colocar aquele robô pra ser validado em tempo real”, explica.
Ele acrescenta que são aplicados em diversos tempos gráficos para checar a consistência da estratégia. “A gente vai rodar diversos testes em outras linhas de tempo para validar se aquilo vai funcionar, e não somente naquele período que se estudou”, explica Perigolo.
Só depois dessa validação é que o robô pode ser considerado pronto para operar com dados de mercado em tempo real, seja em conta simulada ou real.
5 – Incubação
Antes de ser lançado oficialmente para operar com capital do investidor, o robô passa por uma etapa essencial de validação prática: a incubação. Nessa fase, ele é colocado para rodar com dados do mercado em tempo real, mas ainda de forma segura — sem risco direto para o investidor.
“Ele vai funcionar em uma conta onde ele vai ficar incubado, rodando”, explica Perigolo. O objetivo é observar o comportamento do robô fora dos testes históricos, em condições reais de mercado.
Ao contrário do backtest, que usa dados passados, a incubação permite acompanhar como a estratégia reage ao vivo. “A gente vai conseguir ver onde ele está tomando posição, onde ele está saindo, a gente vai conseguir de fato ver como que o robô está se comportando em tempo real”, explica o especialista.
O período de incubação pode variar de acordo com a complexidade da estratégia. “Esse tempo pode girar em torno de 1 a 3 meses, mais ou menos. Mas dependendo da complexidade do robô, pode até ficar incubado por 6 meses”, afirma Perigolo.
6 – Lançamento e monitoramento
Concluída a fase de incubação, o robô está pronto para ser disponibilizado ao público. No caso da XP, o lançamento ocorre por meio da plataforma Ontick, onde os robôs aprovados são integrados e passam a operar com capital real de investidores.
Mas, diferente do que muitos imaginam, o trabalho com o robô não termina com sua entrada em operação. A equipe segue monitorando diariamente os resultados de todos os modelos ativos.
“Tem um acompanhamento diário em relação aos resultados de todos os robôs que nós temos disponíveis. A gente faz uma curadoria para ver se aquele robô precisa passar por alguma otimização”, afirma Perigolo.
Esse acompanhamento é essencial para garantir a longevidade das estratégias. Robôs que entram em ciclos de perdas prolongadas passam por calibragens periódicas para retomar sua eficiência. “É um trabalho constante, que nasce desde a concepção do robô até o final da vida dele”, resume o analista.
O papel do drawdown e do risco
Ambos os especialistas destacam a importância do drawdown (indicador que mede perda) para monitorar a saúde do robô. “Se a estratégia tiver um drawdown de 20% no backtest ou qualquer coisa que passe disso acende um sinal de alerta”, afirma Perigolo. “Se o robô rompe esse drawdown que estipulamos, a gente revê os modelos, reotimizamos e relançamos com novos parâmetros”, ressalta Lubrano.
Além disso, um dos grandes diferenciais dos robôs é a rigidez no controle do risco. “Consigo deixar um robô bem travado. Por exemplo, ele pode fazer no máximo três entradas por dia e parar se tiver uma perda. Isso tira 100% de emocional da operação”, explica Lubrano.
Gerenciamento de risco e carteira diversificada
Ao investir em robôs, a lógica é semelhante à de um portfólio de ações, a diversificação é a chave para reduzir riscos e melhorar a performance ao longo do tempo.
“É interessante ter mais de um robô e que eles não sejam correlacionados entre si. O ideal é ter estratégias que leem o mercado de formas diferentes e operam em cenários distintos. Assim, se consegue se proteger e garantir que, se uma tiver perda, o outro possa ter ganho”, afirma Lubrano.
“Esse é um ponto muito importante que eu sempre destaco, que é a questão de diversificação de portfólio”, diz Perigolo.
A recomendação, de acordo com os especialistas, é que o investidor monte uma carteira com pelo menos três robôs, cada um preparado para cenários distintos. “Um vai operar bem em lateralização, o outro vai operar bem em dias direcionais. Um terceiro coringa talvez olhe uma distorção de média, que pode ser um retorno à média, uma estratégia mais quantitativa”, detalha.
Na prática, essa combinação ajuda a equilibrar o portfólio e prolongar a eficiência das operações. Perigolo reforça que o segredo está em pensar de forma estratégica. “A gente consegue equilibrar bem os robôs, consegue equilibrar o portfólio de uma forma que ele opere bem saudável por muito mais tempo”.
A confiança vai além do resultado
Segundo Perigolo, é importante que o cliente entenda que o trabalho principal não está nas mãos do investidor, mas sim dos profissionais que criaram e monitoram as estratégias. “Por mais que os robôs necessitem de alguma atenção, isso não cabe ao investidor. Ele já está contratando todo o trabalho do analista, do desenvolvedor que está por trás daquela estratégia”, explica.
Essa estrutura garante mais tranquilidade ao cliente, já que ele conta com o suporte de especialistas durante toda a operação do robô.
“São profissionais, pessoas altamente treinadas para isso, que estudaram a vida toda e que as estratégias estão em boas mãos. O cliente tem essa segurança de assinar um produto onde tem analistas e desenvolvedores altamente qualificados cuidando do investimento, não do robô”, reforça Perigolo.
A combinação de autonomia operacional e acompanhamento técnico especializado torna o investimento em robôs investidores uma alternativa prática e ideal para quem deseja automatizar parte do portfólio sem abrir mão da gestão responsável.
Essa visão de responsabilidade também é compartilhada por Lucas Lubrano, que complementa: “É importante conhecer quem desenvolveu o robô, entender se ele seguiu todas as etapas e cuidados. Não é só olhar o backtest bonito e achar que aquilo é garantia”.
Confira mais conteúdos sobre análise técnica no IM Trader. Diariamente, o infomoney publica o que esperar dos minicontratos de dólar e índice.
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Automatizar uma estratégia de investimentos exige mais do que programação: é preciso método, testes estatísticos e acompanhamento constante. Em entrevista ao InfoMoney, o analista técnico da XP, Felipe Perigolo e o analista Quant/Técnico da XP, Lucas Lubrano Melo detalharam como funciona, na prática, o desenvolvimento de um robô — desde a concepção até o lançamento na conta real para o investidor.
“Um robô basicamente é um conjunto de regras que se predetermina utilizando modelos testados anteriormente, e que se consegue implementar, desenvolver e lançar para operar por ti”, resume Perigolo. A seguir, entenda as seis etapas fundamentais da construção de um robô investidor.
Aprenda o Setup da Praia na Semana do Trader Sossegado 2.0
1 – Definição da estratégia
Tudo começa com a ideia. É preciso ter clareza sobre o tipo de estratégia que se quer automatizar. “Se você já possui um setup (critério para tomada de decisão) que queira automatizar ou testar, o primeiro passo é definir os parâmetros”, explica Perigolo.
Isso significa decidir quais indicadores serão usados. Nessa fase pode-se usar indicadores técnicos como médias móveis, IFR (Índice de Força Relativa), candles e outras variáveis.
“Se elenca basicamente todos os indicadores que aquele robô vai ter. Quero um robô que funcione bem para tendência. Então, a gente vai estudar quais são os melhores indicadores para esse cenário”, explica Perigolo.
Lubrano explica que definir o sinal de entrada é o maior desafio na criação de um robô. “Tem-se um sinal de entrada. Então, o que vai definir abrir uma posição? Essa é a parte mais difícil. Pode-se usar indicadores técnicos, mas existem várias formas”, destaca.
2 – Programação dos gatilhos
Com os indicadores e a estratégia definidas, o passo seguinte é transformar as definições em ações objetivas, determinando quando entrar e sair da operação – o que inclui determinar pontos de entrada, saída, alvo, stop gain (ganho) e stop loss (perda).
Lucas Lubrano complementa que esse é o momento de transformar a lógica em código e controles. “Você tem que primeiramente desenvolver o código do robô, o algoritmo dele. Então, onde o robô vai comprar, em que cenário. Você tem que citar alguns parâmetros, como o alvo de todas as operações. Tem que fazer uma série de controles para garantir o funcionamento completo do robô”, afirma.
3 – Backtest
Com o setup e os parâmetros prontos, é hora de testar a estratégia no passado. Esse teste é chamado de backtest, e avalia como a estratégia teria se comportado com base de dados no passado.
Perigolo destacou que, entre os formatos disponíveis para o backtest, o mais preciso é o market data tick a tick, já que permite capturar todos os movimentos do mercado, independentemente do tempo gráfico adotado.
“No backtest a gente vai ter os resultados que atingiu no período estudado, podendo ser de 1 ano para trás, 2 anos ou até 5 anos, dependendo dos dados disponíveis”, diz Perigolo. “Se consegue verificar se ele está entrando nos pontos que gostaria, se está saindo quando deveria. Visto isso, pode-se começar a testar de forma mais intensa”, reforça Lubrano.
Com as estatísticas extraídas do backtest, inicia-se o processo de refinamento da estratégia.
“A gente vai criar diversos cenários, com diversos alvos, diversos stop loss, com diversos tipos de entrada para definir aonde é o melhor ponto”, diz Perigolo. O objetivo é encontrar os parâmetros mais eficientes dentro da lógica programada. No entanto, o próprio processo de otimização exige cautela. “Aqui, a gente tem que ficar atento para um fator que se chama overfitting”, alerta o especialista.
“Overfitting é quando se ajusta demais a sua curva. No passado, ele vai parecer perfeito, mas não vai funcionar no mercado real”, explica Lubrano, referindo-se ao risco de o robô ficar excessivamente ajustado ao comportamento do mercado passado — algo que pode comprometer seu desempenho no futuro.
Leia tambem:
4 – Teste de robustez
Após a fase de backtest e otimização, o robô ainda precisa provar que pode se manter eficaz fora do período em que foi testado. “O próximo passo é justamente rodar um teste de robustez”, explica Perigolo. Este é um passo crucial para garantir que o robô não apresenta overfitting e se o robô pode ser vencedor ao longo do tempo.
Segundo Felipe Perigolo, esse processo busca validar o comportamento do robô em diferentes janelas de tempo, fora daquelas usadas no backtest tradicional. “A gente passa pelo processo de teste de robustez e aí sim a gente vai colocar aquele robô pra ser validado em tempo real”, explica.
Ele acrescenta que são aplicados em diversos tempos gráficos para checar a consistência da estratégia. “A gente vai rodar diversos testes em outras linhas de tempo para validar se aquilo vai funcionar, e não somente naquele período que se estudou”, explica Perigolo.
Só depois dessa validação é que o robô pode ser considerado pronto para operar com dados de mercado em tempo real, seja em conta simulada ou real.
5 – Incubação
Antes de ser lançado oficialmente para operar com capital do investidor, o robô passa por uma etapa essencial de validação prática: a incubação. Nessa fase, ele é colocado para rodar com dados do mercado em tempo real, mas ainda de forma segura — sem risco direto para o investidor.
“Ele vai funcionar em uma conta onde ele vai ficar incubado, rodando”, explica Perigolo. O objetivo é observar o comportamento do robô fora dos testes históricos, em condições reais de mercado.
Ao contrário do backtest, que usa dados passados, a incubação permite acompanhar como a estratégia reage ao vivo. “A gente vai conseguir ver onde ele está tomando posição, onde ele está saindo, a gente vai conseguir de fato ver como que o robô está se comportando em tempo real”, explica o especialista.
O período de incubação pode variar de acordo com a complexidade da estratégia. “Esse tempo pode girar em torno de 1 a 3 meses, mais ou menos. Mas dependendo da complexidade do robô, pode até ficar incubado por 6 meses”, afirma Perigolo.
6 – Lançamento e monitoramento
Concluída a fase de incubação, o robô está pronto para ser disponibilizado ao público. No caso da XP, o lançamento ocorre por meio da plataforma Ontick, onde os robôs aprovados são integrados e passam a operar com capital real de investidores.
Mas, diferente do que muitos imaginam, o trabalho com o robô não termina com sua entrada em operação. A equipe segue monitorando diariamente os resultados de todos os modelos ativos.
“Tem um acompanhamento diário em relação aos resultados de todos os robôs que nós temos disponíveis. A gente faz uma curadoria para ver se aquele robô precisa passar por alguma otimização”, afirma Perigolo.
Esse acompanhamento é essencial para garantir a longevidade das estratégias. Robôs que entram em ciclos de perdas prolongadas passam por calibragens periódicas para retomar sua eficiência. “É um trabalho constante, que nasce desde a concepção do robô até o final da vida dele”, resume o analista.
O papel do drawdown e do risco
Ambos os especialistas destacam a importância do drawdown (indicador que mede perda) para monitorar a saúde do robô. “Se a estratégia tiver um drawdown de 20% no backtest ou qualquer coisa que passe disso acende um sinal de alerta”, afirma Perigolo. “Se o robô rompe esse drawdown que estipulamos, a gente revê os modelos, reotimizamos e relançamos com novos parâmetros”, ressalta Lubrano.
Além disso, um dos grandes diferenciais dos robôs é a rigidez no controle do risco. “Consigo deixar um robô bem travado. Por exemplo, ele pode fazer no máximo três entradas por dia e parar se tiver uma perda. Isso tira 100% de emocional da operação”, explica Lubrano.
Gerenciamento de risco e carteira diversificada
Ao investir em robôs, a lógica é semelhante à de um portfólio de ações, a diversificação é a chave para reduzir riscos e melhorar a performance ao longo do tempo.
“É interessante ter mais de um robô e que eles não sejam correlacionados entre si. O ideal é ter estratégias que leem o mercado de formas diferentes e operam em cenários distintos. Assim, se consegue se proteger e garantir que, se uma tiver perda, o outro possa ter ganho”, afirma Lubrano.
“Esse é um ponto muito importante que eu sempre destaco, que é a questão de diversificação de portfólio”, diz Perigolo.
A recomendação, de acordo com os especialistas, é que o investidor monte uma carteira com pelo menos três robôs, cada um preparado para cenários distintos. “Um vai operar bem em lateralização, o outro vai operar bem em dias direcionais. Um terceiro coringa talvez olhe uma distorção de média, que pode ser um retorno à média, uma estratégia mais quantitativa”, detalha.
Na prática, essa combinação ajuda a equilibrar o portfólio e prolongar a eficiência das operações. Perigolo reforça que o segredo está em pensar de forma estratégica. “A gente consegue equilibrar bem os robôs, consegue equilibrar o portfólio de uma forma que ele opere bem saudável por muito mais tempo”.
A confiança vai além do resultado
Segundo Perigolo, é importante que o cliente entenda que o trabalho principal não está nas mãos do investidor, mas sim dos profissionais que criaram e monitoram as estratégias. “Por mais que os robôs necessitem de alguma atenção, isso não cabe ao investidor. Ele já está contratando todo o trabalho do analista, do desenvolvedor que está por trás daquela estratégia”, explica.
Essa estrutura garante mais tranquilidade ao cliente, já que ele conta com o suporte de especialistas durante toda a operação do robô.
“São profissionais, pessoas altamente treinadas para isso, que estudaram a vida toda e que as estratégias estão em boas mãos. O cliente tem essa segurança de assinar um produto onde tem analistas e desenvolvedores altamente qualificados cuidando do investimento, não do robô”, reforça Perigolo.
A combinação de autonomia operacional e acompanhamento técnico especializado torna o investimento em robôs investidores uma alternativa prática e ideal para quem deseja automatizar parte do portfólio sem abrir mão da gestão responsável.
Essa visão de responsabilidade também é compartilhada por Lucas Lubrano, que complementa: “É importante conhecer quem desenvolveu o robô, entender se ele seguiu todas as etapas e cuidados. Não é só olhar o backtest bonito e achar que aquilo é garantia”.
Confira mais conteúdos sobre análise técnica no IM Trader. Diariamente, o infomoney publica o que esperar dos minicontratos de dólar e índice.
The post Operação com robô: veja o passo a passo da criação dessa estratégia para trading appeared first on InfoMoney.