
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou neste sábado (21) ter utilizado o sistema espião adquirido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar adversários políticos durante seu governo. Em declaração à imprensa ao deixar o hospital em Brasília, onde passou por exames após um mal-estar, Bolsonaro afirmou que “nunca precisou saber” onde estavam seus opositores.
“Para que eu usaria um equipamento desse? Bota para fora quem usou para isso e resolve. Usava para quê? Que finalidade? Não existe isso. Criaram uma fantasia que eu estava monitorando as pessoas. Para que eu ia saber onde está A, B ou C? Ninguém reclamou de monitoramento”, disse o ex-presidente.
As declarações ocorrem após a Polícia Federal afirmar, em relatório encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que Bolsonaro foi o “principal destinatário” dos produtos das ações clandestinas da Abin. Segundo a investigação, durante a gestão de Alexandre Ramagem à frente da agência, foram produzidos documentos com informações sensíveis que eram sistematicamente encaminhados ao então presidente.
“Jair Messias Bolsonaro figura como o principal destinatário do produto das ações clandestinas e da instrumentalização da ABIN, ao tempo, dirigida por Alexandre Ramagem conforme se depreende das próprias anotações do então Diretor da ABIN”, diz o documento.
A investigação teve início após o GLOBO revelar, em março de 2023, a compra de um sistema espião pela agência para monitorar a localização de alvos predeterminados em todo o país.
O relatório final da PF cita documentos encontrados com o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Abin, que foram direcionados a Bolsonaro. Os textos tinham títulos como “Bom dia Presidente” e ““Presidente TSE informa”.
“Estas são evidências que corroboram a concorrência do então Presidente da República das ações delituosas perpetradas na ABIN”, alega a PF.
De acordo com o relatório, as “anotações revelam ações, cujo produto era encaminhado ao Presidente da República, materializando as ilicitudes perpetradas durante sua gestão como Diretor da ABIN em especial a disponibilização da estrutura do Estado Brasileiro para ações desviadas do sentido republicano”.
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou neste sábado (21) ter utilizado o sistema espião adquirido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar adversários políticos durante seu governo. Em declaração à imprensa ao deixar o hospital em Brasília, onde passou por exames após um mal-estar, Bolsonaro afirmou que “nunca precisou saber” onde estavam seus opositores.
“Para que eu usaria um equipamento desse? Bota para fora quem usou para isso e resolve. Usava para quê? Que finalidade? Não existe isso. Criaram uma fantasia que eu estava monitorando as pessoas. Para que eu ia saber onde está A, B ou C? Ninguém reclamou de monitoramento”, disse o ex-presidente.
As declarações ocorrem após a Polícia Federal afirmar, em relatório encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que Bolsonaro foi o “principal destinatário” dos produtos das ações clandestinas da Abin. Segundo a investigação, durante a gestão de Alexandre Ramagem à frente da agência, foram produzidos documentos com informações sensíveis que eram sistematicamente encaminhados ao então presidente.
“Jair Messias Bolsonaro figura como o principal destinatário do produto das ações clandestinas e da instrumentalização da ABIN, ao tempo, dirigida por Alexandre Ramagem conforme se depreende das próprias anotações do então Diretor da ABIN”, diz o documento.
A investigação teve início após o GLOBO revelar, em março de 2023, a compra de um sistema espião pela agência para monitorar a localização de alvos predeterminados em todo o país.
O relatório final da PF cita documentos encontrados com o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Abin, que foram direcionados a Bolsonaro. Os textos tinham títulos como “Bom dia Presidente” e ““Presidente TSE informa”.
“Estas são evidências que corroboram a concorrência do então Presidente da República das ações delituosas perpetradas na ABIN”, alega a PF.
De acordo com o relatório, as “anotações revelam ações, cujo produto era encaminhado ao Presidente da República, materializando as ilicitudes perpetradas durante sua gestão como Diretor da ABIN em especial a disponibilização da estrutura do Estado Brasileiro para ações desviadas do sentido republicano”.
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